Ainda na linha de transmissões “R.I.P”...

Ainda na linha de transmissões “R.I.P”...

Estou vendo o “Saia Justa”. O programa, exibido em 2008 é um crossover com o Manhattan Connection.

Particularmente não gostava do programa, mas nada que justifique uma demissão por telefone. Respeito é algo que se perdeu no Brasil do final do primeiro milênio e no segundo, estamos procurando nos lugares errados.

O programa veio no rastro de Sex and The City e nos diferentes formatos apresentou diferentes questionamentos pertinentes não apenas ao universo feminino. Mesmo no derradeiro, onde as quatro apresentadoras pareciam turistas da realidade de tão doidas. Se bem que apesar da alta percepção, a pessoa que me disse essa frase se acharia na bancada do programa.

Num momento em que a simplificação do Fox Life demonstra um regresso aos valores dos anos 50/ 60, com programas dedicados à mulher que cozinha e precisa satisfazer ao marido apesar de ter uma segunda jornada, ginocratas histéricas não emplacam. São lembranças de um momento social mais atribulado e permissivo. Fantasmas de uma máquina que depende tanto do público quanto dos conceitos que os donos das mídias quiserem pulverizar neste ou naquele momento.

Transgressões a parte, a grande verdade é que se você parar pra ler as colunas femininas, as perguntas continuam as mesmas. Apesar de todo o bombardeio pseudo libertário, a base permanece. As dúvidas de sempre ganham um plus, pois as mulheres estão apinhadas de informações que sequer compreendem e tentam lidar com elas da melhor maneira possível. Em meio a tantas sanções, a nova mulher não tem identidade definida, perdida entre a histeria pós menopausa do “Saia Justa”, a “Cozinha Maravilhosa de Ofélia” e a Preta Gil.
Existe uma grande diferença entre querer e poder, que se perde nas entrelinhas das “pimentas' dessa sopa: O erotismo. Servido tanto como paliativo quanto como Prozac social, ele – em suas diferentes formas – ganha cada vez mais espaço numa mídia que jamais o assumirá como bandeira. Vide a Preta Gil, que apresenta o “Vai e Vem”, um programa tão artificial que nem a apresentadora se empolga, quanto mais o público.
O reflexo desse “prende e solta” são as explosões de libido quase sociopatas que temos visto, onde as mulheres podem nem ter o prazer, mas demonstram e exercem sua liberdade. As mais inteligentes demonstram que pensam e sentem apenas para os mais próximos.

É, o mundo mudou, mudou e voltou pro mesmo lugar. E as diferenças são varridas pra debaixo do tapete  pra tudo continuar bonitinho. Se o “Saia Justa” fosse estrangeiro voltaria no cinema. O Sex And The City tai ai pra provar.
In Botox and Viagra we trust! Mas não na Tv e nem vendendo conceitos.

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